As derrotas militares do imperialismo na Ucrânia e no Oriente Médio colocaram para o imperialismo a necessidade de disciplinar a América Latina inteira em torno de seus objetivos criminosos. É daí que surge a necessidade de um confronto sem precedentes com o regime chavista venezuelano.
Para o imperialismo conseguir disciplinar a América Latina, é preciso derrotar a Venezuela. Trata-se de uma questão chave para o imperialismo. O país reformou profundamente as instituições do Estado após a mobilização mais radical da América do Sul nas últimas décadas. O exército reacionário anterior foi desestruturado. O exército bolivariano é um exército nacional, ao contrário de todos os exércitos da América Latina, que são controlados pelo imperialismo. Estabeleceu-se um regime que é, na medida do possível, independente do grande capital. Além disso, a Venezuela é ainda uma aliada da China, da Rússia e do Irã.
O desafio para o imperialismo é enorme porque se tornou necessário não apenas enfrentar o poderio militar dos países rebeldes, mas a própria mobilização popular, crescente em todo o mundo. O maior medo do imperialismo é que esses conflitos deem lugar a uma onda revolucionária, como o que está acontecendo na Palestina. A Venezuela é o exemplo de que a mobilização popular leva à independência política.
Se, no passado, os Estados Unidos conseguiram conviver com Cuba, foi porque Cuba é um país muito pobre, muito pequeno e praticamente nenhuma capacidade de expansão fora da mobilização revolucionária que houve depois da Revolução Cubana. A Venezuela não é assim. A Venezuela é um país rico, com a maior jazida de petróleo do mundo.
Por isso, a defesa da Venezuela é fundamental para todos os povos oprimidos. Defender a Venezuela é defender a revolução mundial contra a ditadura imperialista.